Acordo.
Dividida.
Entre sentir e pensar, entre partir ou ficar.
O que o coração me pede e precisa está a despedaçar-me. A deixar-me estilhaçada pelo atropelo da vida. A razão, parte-me o coração. É arrancá-lo do peito a sangue frio entre dor e lágrimas de sangue.
Não há justiça em viver. Não é como os contos de fadas que nos embalam o adormecer infantil. É dura realidade que custa abraçar. É tentar domesticar o indomável.
Sento-os a jogar xadrez. Uma antevê todas as jogadas até ao xeque-mate. O outro reage por impulso a cada jogada e altera-lhe todo o plano. O jogo termina empatado.
Eu fico na mesma. Fecho os olhos. Entre o coração e a razão cerram-se posições. Já não há unidade. Foi-se a coerência. Cada um puxa para seu lado e é a mim que estão a desmembrar. Abro os olhos para ver a desolação em redor. O espaço escorre sangue e estou aos bocados.
Finalmente, cansam-se. Olham para mim, impotente. Apiedam-se de mim, talvez. Unem-se para me unir.
Fecho os olhos para adormecer para o mundo.
Não é a dor que é cruel, é o amor que rasga a pele...*
Alter Ego
Egos de bem querer
Egos de bem dizer
Dizem que é uma espécie de bwog
Egos de bem ler
Mulher à beira de um ataque de...