Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007

*Encosta-te a mim

Quero sentir a tua pele, quero sentir o teu corpo, o teu coração a bater e a acelerar porque encosto os meu lábios nos teus. Encosta-te a mim e deixa que me encoste a ti, para que me sintas perto. Sem respirar. Páro. Para que toda eu absorva o momento e ele faça parte de mim. Quero congelar o tempo e prender este momento em que todo tu te encostas a mim. Quero capturar o teu olhar que me desnuda a alma e me faz sentir plena. Quero prender-te na minha alma que se liberta pelo teu amor. Quero para sempre ligar a tua voz ao brilho do meu olhar, à luz do meu sorriso. Quero expandir o meu coração para que todo o teu amor caiba até o inundar e deixar o meu amor sair para ocupar todo o meu corpo para gritar silenciosamente por ti. Para que me oiças no olhar e sintas que mesmo quando não te beijo são os teus lábios que os meus sentem. Que mesmo quando não me olhas o meu sorriso tem a tua luz. Que mesmo quando não te encostas a mim o meu olhar vê-te e sorri. Que mesmo quando não me encosto a ti é a tua pele que o meu corpo sente. Que mesmo quando não te encostas a mim, nem eu a ti, o nosso coração continua a bater pleno de corpo e alma.

 

*Eu venho do nada porque arrasei o que não quis em nome da estrada onde só quero ser feliz.

 

A música: Encosta-te a mim - Jorge Palma
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Egotismo de Sophia às 11:38

Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

Medo

 Foto: Jeanloup Sieff

 

Que me rasgues do coração e me apagues da memória...

Reduzindo-me a nada.

 

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Egotismo de Sophia às 14:10

Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007

Resumindo uma história...

Sempre foi só.

Tornou-se hábito. Tomou a solidão por companhia e deixou de se sentir tão só. A infância foi pródiga em amigos e brincadeiras de sonho sem fim e sem limite dentro da barreira do seu quarto. Quase nem deu pela chegada da adolescência. A solidão fez dela uma criatura de hábitos. Foi difícil deixar os amigos entrar. As barreiras eram muitas. Só quando entrou na idade adulta os amigos se cimentaram na sua vida. Os 'amores' só lhe aumentaram o gosto pela solidão. Ainda e sempre se refugia na solidão. O amor caiu-lhe em cima como uma verdade não profetizada e deixou-a perdida. Perdeu as suas rotinas, os seus hábitos sós.

Não desistiu, ficou dia após dia, noite após noite a combater aquela solidão que não entendia. Quis expulsá-la, mas percebeu que o melhor seria aceitar que por companhia aquela mulher teria sempre a solidão e isso não a faria amá-lo menos.

 

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Egotismo de Sophia às 10:47

Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007

...

Tive uma educação católica e  conservadora. Aprendi algo parecido com a máxima do tempo da velha senhora de "Deus, Pátria, Família", mas com algumas atenuações no que respeita ao dever com a Pátria, talvez por ser mulher... Mas aprendi que os laços familiares, os laços de sangue, devem ser respeitados e preservados acima de tudo. Na família existiria sempre apoio, refúgio, protecção. Cresci a ter conhecimento que há famílias onde isto não acontece. Mas vivia na ilusão de que a minha seria diferente. Não é. O pior cego é o que não quer ver. O que se recusa a aceitar a podridão que corrói por dentro. Não vi. Não aceitei. No entanto, fui formando uma outra família, forjada com laços de amizade. Treme, cai, mas resiste. Em comparação, o sangue deixa a desejar. As regras impostas são como premissas para se ter a família. Desvio de regras é punido com banimento.

 

Blood is not thicker than water.

 

 

Eu: desiludida
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Egotismo de Sophia às 14:09

Terça-feira, 23 de Outubro de 2007

O melhor

Amo ouvir todas as vezes que dizes 'amo-te', mas prefiro sentir as vezes em que não o dizes.

 

A música: It's a Kind of Magic
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Egotismo de Sophia às 14:03

Compromisso

Admiti quando comecei o Egos que o pior seria o compromisso de o manter. Foi mais fácil porque foi paixão! A logística e vontade de nova aparência continuaram o Egos aqui.

No início, sempre pensei que não iria durar um mês, escreveria ali pouco e muito raramente. Mas a pouco e pouco os textos acumulados começaram a ser postados. Convenci-me que escreveria todos os dias. Houve dias em que me vi e vejo sem nada para escrever. Mas sei que mais tarde ou mais cedo volto a escrever.

Nâo é aniversário do Egos e não há razão especial para isto. Apenas, com ou sem inspiração, escrevo no meu ecrã em rosa. Acho que o Egos criou uma vida própria que se alimenta de mim. Eu deixo e quero.

E, isto tudo, porque hoje acordei lamechas e, como no anúncio dos outros, agradeço aos que leio e me lêem ou não lêem, os que linkei , os que me linkaram e não linkaram, a tod@s... Enfim, acho que perceberam a ideia! 

 

Eu: acordei lamechas
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Egotismo de Sophia às 13:41

Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007

Será que a minha vida dava...?

Não. Não pensem que se trata de uma qualquer corrente ou mesmo quiz .

De todos os pensamentos com que podia acompanhar a digestão do almoço, foi este o escolhido sem qualquer vontade minha.

Acho que é certo que o ócio é o pai de todos os vícios. E, assim, surgiu o vício de pensar em coisas muito ridículas. Hoje deu nisto.

Às vezes, diz-se "a minha vida dava um filme", mas a não ser que se seja uma pessoa realmente famosa, mesmo que por motivo absolutamente nenhum, sabe-se que a vida nunca vai dar um filme!

Portanto, eu sei que a minha vida não vai dar um filme. Se desse seria um  filme com baixo orçamento e uma história muita confusa que nem os personagens entendem!

Mas seguindo esta linha humm ... parto do princípio que este é o tipo de raciocínio que admite fio condutor, já é um progresso), a dar qualquer coisa e como sou uma moça que até gosta muito de ler, acho que o mais lógico seria a minha vida dar um livro! Teria que ser um daqueles livros com muito romance, confusão, desgostos, intriga e a personagem principal, longe de ser heroína, iria ter muitos obstáculos e ultrapassar a maioria, mas cair muitas vezes, mas sempre com força para se levantar...

E foi aqui que achei que era melhor não ter um livro da minha vida. Em Portugal já pegou a moda de adaptar tudo ao cinema e à televisão. E não sei o que seria pior, se ver a minha vida convertida em telenovela da TVI se num daqueles filmes portugueses que promete muito, mas depois deixa a desejar....

Foi mais ou menos por aqui que percebi que o não fazer nada tem este efeito pernicioso em mim. Não quero que a minha vida dê em nada disto! Deixa estar como está!

Eu: a precisar de descanso...
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Egotismo de Sophia às 14:03

Bliss

O fim do dia. O meu reflexo no teu olhar. Encontrar-me no teu corpo. Adormecer nos teus braços. Amanhecer contigo.

 

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Egotismo de Sophia às 11:21

Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007

Because change happens

- Estás diferente.

- Tu também.

- Eu sei.

- Já que convidámos os alter egos para jantar, achas que eles se entendem?

- Sabes bem que são incompatíveis.

- Eu sei que te amo.

- Eu também te amo. Mas assim... sabemos o suficiente para saber o que está neste caminho.

- Eu sei que não te quero perder. Amo-te demais para te deixar sair da minha vida sem lutar, por ti, por nós.

 

E o ambiente gélido da sala aqueceu como se o calor da própria Terra nos acolhesse e abraçasse naturalmente, como tu e eu, juntos, como deve ser. Como faz sentido.

A música: Say you, say me - Lionel Richie
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Egotismo de Sophia às 10:56

Quarta-feira, 17 de Outubro de 2007

Máscara

Até mesmo quando o corpo me pede um pouco mais de alma... *

 

Já não sou eu. Não sou eu que acordo no meu corpo. Reconheço-te cada vez que olho ao espelho. Já não me vejo. Vejo-te. Não queria que despertasses. Julguei-te enterrada bem fundo no meu ser. Bem longe da minha alma. Mas, quando fraquejo, pressinto-te. Tentei negar-te. Ignorar-te. De nada adiantou. Tu surges plena de força. Sempre quando as minhas forças me fogem. Me abandonam. Não é maldade, é socorro. Só não te perdoo que destruas tudo na passagem. Nada me fica após a tua passagem, a não ser eu, só. Diferente, mais uma vez. Desta vez não te quero. Há algo a preservar. Não te deixo destruir-me o coração. Quero forças para te anular, anular o pior de ti, de mim. Quero manter o melhor de mim.

A música: * Paciência - João Pedro Pais e Mafalda Veiga
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Egotismo de Sophia às 23:38

In two

Acordo.

Dividida.

Entre sentir e pensar, entre partir ou ficar.

O que o coração me pede e precisa está a despedaçar-me. A deixar-me estilhaçada pelo atropelo da vida. A razão, parte-me o coração. É arrancá-lo do peito a sangue frio entre dor e lágrimas de sangue.

Não há justiça em viver. Não é como os contos de fadas que nos embalam o adormecer infantil. É dura realidade que custa abraçar. É tentar domesticar o indomável.

Sento-os a jogar xadrez. Uma antevê todas as jogadas até ao xeque-mate. O outro reage por impulso a cada jogada e altera-lhe todo o plano. O jogo termina empatado.

Eu fico na mesma. Fecho os olhos. Entre o coração e a razão cerram-se posições. Já não há unidade. Foi-se a coerência. Cada um puxa para seu lado e é a mim que estão a desmembrar. Abro os olhos para ver a desolação em redor. O espaço escorre sangue e estou aos bocados.

Finalmente, cansam-se. Olham para mim, impotente. Apiedam-se de mim, talvez. Unem-se para me unir.

Fecho os olhos para adormecer para o mundo.

 

Não é a dor que é cruel, é o amor que rasga a pele...*

A música: * Grita, sente... - Diana Basto
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Egotismo de Sophia às 14:07

Terça-feira, 16 de Outubro de 2007

Só a mim...

ou mais valia estar calada e quieta...

 

Situação I:

 

Cenário: carruagem de metro semi-apinhada .

Personagens: eu, sentada num dos lugares reservados . Uma senhora grávida que entra e fica em pé.

Argumento: eu, sendo a mais nova que estava sentada e visivelmente a mais incomodada por a senhora ter que ir em pé, levantei-me e indiquei-lhe o meu lugar.

Ela, profundamente ofendida, "pareço-lhe grávida?"...

Eu, salva da resposta pela abertura das portas na paragem em que pretendia sair.

 

Situação II:

 

Cenário: um local de trabalho.

Personagens: uma amiga, uma conhecida e eu.

Argumento: Diz-me a amiga que a colega desde que soube que metade do departamento ia ser despedido mudou radicalmente. Deixou as calças no armário e só usa vestidos. Reparo na rapariga em questão. De facto, mudou cor de cabelo, unhas arranjadas, novo visual. Comento que está muito melhor.

A rapariga passa, pára e cumprimenta-me.

Eu, 'bem, tu estás um espectáculo!' e faço o comentário que normalmente se ouve nestas situações de mudança... 'então novo interesse amoroso?'

Ela, fulmina a minha amiga com o olhar e 'Nan... acho mesmo que assim tenho menos hipóteses de ser despedida, não achas?'

E, mesmo antes de eu poder responder, já ela se bamboleava até à secretária...

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Egotismo de Sophia às 12:06

Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007

Depois da tempestade...

Lembro-me da chuva a bater na janela naquela manhã. E de todas as coisas que eu queria dizer. Mas palavras furiosas surgiram do nada, sem aviso. Roubaram o momento e mandaram-me embora.  Tu, parado na porta, quase a chorar. Eu, a pensar se voltaria.

Eu disse que não vim para te deixar. Não voltei para perder. Não vim a acreditar que alguma vez ficasse longe de ti. Não vim para descobrir que há fraqueza em nós. Eu vim porque te amo. Porque acredito que é uma bênção o nosso amor.

Lembro-me que a estrada não tinha fim. Não conseguia voltar para trás. Até na distância, como um tesouro perdido que não conseguia encontrar...

E pensava em ti na entrada, talvez ainda à espera.

O instante em que peguei no telemóvel coincidiu com o toque de mensagem. Finalmente, sorri.

Pensei no momento em que estivemos tão perto de desistir...

Foi apenas um momento. Um que nunca esqueceremos. Mas um momento que podemos deixar par trás. Porque basta lembrarmo-nos do que foi dito para sabermos que não voltamos a pensar em desistir.

A chuva continuou a bater na janela todo o dia...Ora ritmada, ora lenta. Decidiu acompanhar o bater do nosso coração.

A música: Love by Grace
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Egotismo de Sophia às 11:25

Ego sum

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