Mas foi antes do Natal que te dei o meu coração.
O tempo foi passando, voou em certos momentos. Nunca parei para pensar. O tempo muda as pessoas. A vida também. Seguimos o nosso caminho e em algum momento ele tornou-se paralelo, distinto. Seguimos sem nos apercebemos que em cada encruzilhada falhámos o encontro. A distância foi aumentando, sem aumentar. Sinto saudades de te sentir a meu lado sem nos sentir ausentes, distantes, imersos no ser de cada um. Pergunto-me agora se este caminho estará próximo do fim ou se ainda há uma nova encruzilhada para o nosso encontro. Gosto de pensar que sim. Andamos ocupados cada um no seu caminho, tanto que nos esquecemos de construir um nosso. Deixámos que os buracos se alastrassem e as pedras se amontoassem. Ficou um estrada esquecida onde ninguém caminha. Talvez como Pessoa, com todas as pedras que estão no caminho possamos construir um castelo na próxima encruzilhada e a partir dele reconstruir o nosso caminho, único.
Talvez como na canção eu tenha dado o meu coração, mas este ano não o quero dar de novo, não quero que mo devolvas, quero que o guardes e ele te traga à memória o que nos fez começar a caminhar juntos. Eu não esqueci.
Alter Ego
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Egos de bem dizer
Dizem que é uma espécie de bwog
Egos de bem ler
Mulher à beira de um ataque de...