Não. Não vou falar dos filmes e actores galardoados. Vou mesmo armar-me em crítica de cinema.
Se há coisa que sempre detestei são aqueles diálogos/monólogos dos heróis e dos vilões, naqueles momentos de matar ou morrer, que se alongam pelos dramas pessoais regredindo em muitos dos casos até à infância.
Acho, não conhecendo a fundo as motivações da situação, que se é para dar um tiro em alguém é dar e pronto. Quanto mais não seja no caso dos filmes, em que todos os interessados sabem o porquê daquele tiro, incluindo os espectadores que estão a ver o filme desde o início. Sempre achei que em muitos casos a outra personagem ia acabar por morrer de tédio, antes de qualquer outro ferimento. Senão fosse a personagem, cenas houve em que eu quase o fazia.
Ontem, vi, finalmente, um filme que queria ter ido ver ao cinema, "The Brave One", cuja tradução para português ficou "Estranha em Mim", com a Jodie Foster. Curiosamente, ao contrário do que acredito ser costume, a tradução fez jus ao filme.
Neste filme, esse momento do tiro é frio e duro. Aliás, esses. São vários os tiros disparados ao longo do filme, sem delongas, nem justificações. Se estamos a ver o filme do início, já percebemos o que se passa. E, mesmo, no momento crucial de vingança, a personagem não está ali com monólogos enfadonhos do género 'mereces morrer pelo que fizeste' ou americanice que o valha. Tem dois apontamentos de ironia em frases curtíssimas e um de descontrole. Quase pensei que vinha por ali um arrependimento tardio, típico deste género de filme, estragar todo um argumento. Mas não. A personagem é coerente.
Gostei do filme. Não julgando nem justificando. Gostei e pronto.
Acho que em tudo na vida, se há coisas que sentimos que devem ser feitas, é fazer e siga!
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