Recordo o strogonoff de frango que não quiseste partilhar porque a picanha te era mais apetecível. Lembro que passei boa parte do jantar a olhar para o prato, com receio do teu olhar. Algo diferente logo esse primeiro jantar. Os meus olhos não queriam cruzar os teus. Guardei na memória palavras, poucas. Olhares, muitos. Furtivos. Que se demoravam na tua pele morena de fim de Verão. No teu sorriso incerto. Nas tuas mãos firmes. Quando perdi a timidez que não reconhecia como minha, demorei-me no teu olhar. Castanho. Luminoso. Predador. Senti-me frágil. A tua voz quente derretia o gelo que eu insistia em criar. Recordo que nessa noite fui, estranhamente, cautelosa. Procurei sempre defender-me. Acreditei que seria necessário fazê-lo. Estava enganada.
... que hoje me levam a escrever assim.
É também o tempo que passa. E confirmar que nem só de assuntos sérios se vive. De vez em quando convém fazer uma pausa, nem que seja para rir sozinha e recordar!
Digam lá que não se lembram?
Deambulava pelos blogues quando no Corpo Dormente me deparei com este vídeo.
Não encontro sequer as palavras para descrever todas as memórias que me assaltaram.
Sei apenas o sorriso que me invadiu...
É bom começar uma semana assim!
Alter Ego
Egos de bem querer
Egos de bem dizer
Dizem que é uma espécie de bwog
Egos de bem ler
Mulher à beira de um ataque de...