Ontem quando cheguei a Lisboa, reparei também que chegou o cheiro a Outono. O cheiro a castanhas assadas, o cheiro da chuva acabada de cair...
Parei e olhei então em redor e observei a liberdade da estação. Pessoas ainda com saudades do Verão que continuam com sandálias e manga curta e pessoas que abraçam já o vizinho do Inverno, com gabardinas, botas e guarda-chuvas.
Este ano o meu Verão foi bem mais curto e quando o meu Outono começou ainda decorria o Verão. Este pensamento foi-me acompanhando ao longo da tarde e da noite. Para concluir o óbvio. Preciso de mais horas no meu dia.
E hoje, curiosamente, encontrei um texto que me voltou a fazer pensar no assunto. N' "O Sentido das Coisas", li "Troca-se tempo por dinheiro...". E concordo.
Mas penso que gostaria de poder fazer exactamente o oposto.
Actualmente, a vida decidiu roubar-me tempo. Talvez não seja bem assim, mas o certo é que tenho que trocar bem mais tempo para obter dinheiro. O tempo que estou a trocar não me pertence em exclusivo. É tempo também daqueles com que partilho o meu dia-a-dia. Tempo daqueles que fazem parte da minha vida. Tempo daqueles que amo. É esse o tempo que estou a trocar. Não questiono a necessidade do dinheiro. Mas o preço do tempo está a sair-me muito caro...
Alter Ego
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Egos de bem dizer
Dizem que é uma espécie de bwog
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Mulher à beira de um ataque de...